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fevereiro 20, 2013

Do travesseiro

Uma leitora desta coluna me conta uma pequena história, que desenvolvo um pouco com a ajuda da imaginação.
Ela passeava certa tarde pelo Largo de São Francisco, em São Paulo, refletindo sobre sua vida. Pensava que na maior parte das vezes dava mais do que as pessoas mereciam receber.
Um mendigo aproximou-se. Mesmo achando que estava sendo generosa demais com os outros, deu uma esmola.
O mendigo sorriu e comentou:
“Filha, não se incomode em ser o travesseiro de alguém. Sempre existirá em sua vida uma pessoa que dormirá, ou sonhará, ou terá pesadelo sobre suas emoções e sentimentos. Apenas reflita se o peso da cabeça merece ser suportado”.
“Continuei meu caminho”, diz a leitora. “Mas antes de voltar para casa, comprei uma fronha nova”.

Paulo Coelho

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