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fevereiro 19, 2013

Cooperativismo forma empresas multibilionárias

O cooperativismo agropecuário do Paraná passou longe do fraco crescimento econômico registrado pelo País no ano passado. O faturamento das cooperativas do Estado cresceu 19% sobre 2011, atingindo a marca de R$ 38,5 bilhões. A cifra recorde tem lastro no desempenho das cinco cooperativas multibilionárias do Estado. Juntas, Coamo (de Campo Mourão), C.Vale (Palotina), Cocamar (Maringá), Lar (Medianeira) e Agrária (de Entre Rios, distrito de Guarapuava) movimentaram R$ 15,9 bilhões, 41% da receita do cooperativismo estadual.
A atuação do grupo das multibilionárias, que passou a contar com a participação da Cocamar em 2011 e da Lar e Agrária no ano passado, está calçada nos bons preços das commodities e, principalmente, nos investimentos em industrialização. Esse processo, adotado mais fortemente pelas empresas nos últimos anos, amplia a linha de produção e agrega valor aos grãos entregues pelos associados.
“Estamos fazendo um trabalho muito forte para a agroindustrialização do setor como um todo. Essas cooperativas que faturam mais passam a ser modelo para que as demais entrem no processo”, afirma o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. “O processo agroindustrial não está concentrado só nas cooperativas que faturam mais de R$ 2 bilhões.”
As cooperativas do Paraná são as que mais industrializam a produção de seus associados. Hoje, 44% dos grãos passam por algum processo de transformação, dois pontos porcentuais a mais em relação ao índice de 2011.
Entre as 80 cooperativas agroindustriais paranaenses, a Coamo liderou com folga em 2012 ao alcançar receita de R$ 5,97 bilhões. A meta é atingir R$ 7,1 bilhões em 2013. A empresa adotou a industrialização nos mais diversos segmentos no início da década de 80. Desde então, não parou de investir na construção de fábricas.
“Os produtos acabados representam um percentual importante da nossa receita e pretendemos aumentar essa fatia esse ano”, aponta José Aroldo Galassini, presidente da cooperativa, que ultrapassou a marca de R$ 2 bilhões de faturamento ainda em 2002. “Temos 40 obras em andamento e uma delas é a construção da fábrica de farinha de trigo com capacidade para processar 500 toneladas por dia.” A indústria deve ficar pronta em 2014 ao custo de R$ 80 milhões.
Para Alfredo Lang, presidente da C.Vale, segunda cooperativa que mais fatura no Estado - ultrapassou R$ 2 bilhões em 2009 e chegou a R$ 3,22 bilhões em 2012 –, a industrialização fortalece a receita e contribui para reduzir os eventuais efeitos negativos do clima nas lavouras. “Nossas atividades são diversificadas. Temos grãos, frangos, leite, suínos, mandioca, máquinas e insumos agrícolas. Isso diversifica a receita.”
A cooperativa da região Oeste do Estado continua investindo nas suas indústrias. No momento, o objetivo é ampliar o abatedouro da marca de 320 mil frangos/dia para 400 mil até o final do ano. Outra medida é expandir a rede de supermercados da marca, com a inauguração de uma nova unidade em Palotina, sede da empresa, e aumentar a planta instalada no município de Assis Chateaubriand.

(Gazeta Maringá)

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